Investing.com - Depois de reportar que reverteu o prejuízo de R$ 59 milhões e lucrou R$ 27 milhões nos primeiros três meses de 2019, na comparação anual, as ações da Rumo Logística (SA:RAIL3) operam com ganhos de 0,75% a R$ 17,48.
De acordo com a companhia, o resultado foi puxado pela redução de custos, uma vez que a melhora dos resultados operacionais da companhia de logística da Cosan (SA:CSAN3) foi compensada por aumento de despesas.
Numa mão, o volume total transportado pela companhia no período foi 12,5 por cento maior ano a ano, a 13,3 bilhões de TKUs, impulsionado pela antecipação da safra de soja. E o volume de elevações nos terminais da Rumo no Porto de Santos (SP) cresceu 14 por cento, para 2,8 milhões de toneladas.
Para a Mirae Asset, foi um bom resultado e acima da expectativa, mas de acordo com a Rumo o 2T19 será mais desafiador, pois deverá ocorrer queda no volume de soja transportada e, portanto, no volume geral, mesmo tendo um aumento no volume transportado de milho.
A corretora segue com recomendação de compra, com upside de 32,2% para a RAIL3, lembrando que são esperados maiores volumes a partir do 3T19 ou 4T19.
Já na visão da Coinvalores, a companhia entregou bom crescimento de dois dígitos no top line, com o volume de soja surpreendendo positivamente mesmo em meio a um período de entressafra. Além disso, companhia ainda sofreu os efeitos das chuvas, com quedas de barreiras na serra de Santos, ainda assim, conseguiu entregar números sólidos nesse trimestre.
A equipe destaca o ganho de market share do volume de grãos transportado para o Porto de Santos, que atingiu 51% nesses três meses, contra 48% há um ano. A mesma coisa aconteceu no Porto de Paranaguá, onde o volume de grãos transportados pela companhia cresceu 23% contra uma queda de 12% no volume exportado através daquele terminal.
Com isso, a receita líquida da Rumo somou 1,635 bilhão de reais de janeiro a março, montante 17,1 por cento maior no comparativo anual. E o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês), foi de 802 milhões de reais, alta de 12,7 por cento ano a ano.
Porém, os custos dos serviços prestados evoluíram 18,6 por cento, afetados por um deslizamento de barreiras na Serra de Santos e pelo maior uso de caminhões para transporte de açúcar. A margem Ebitda caiu 1,9 ponto percentual, para 49 por cento