LOS ANGELES (Reuters) - Kesha assumiu o topo da parada Billboard 200 com "Rainbow", seu primeiro disco de estúdio em cinco anos, depois de uma batalha legal difícil relativa a seu contrato de gravação.
A cantora de 30 anos vendeu cerca de 116 mil unidades do novo álbum, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela consultoria Nielsen SoundScan, o que representou a segunda melhor semana de vendas de uma cantora nos Estados Unidos em 2017 – só atrás de "Witness", de Katy Perry.
A Billboard 200 computa vendas de álbuns, de canções (10 canções equivalem a um álbum) e de streaming (1.500 equivalem a um álbum).
"Sou muito grata e sortuda e... estou sem palavras. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Houve muitos dias em que minha música era simplesmente uma maneira de lidar com minhas emoções", disse Kesha em uma mensagem publicada em sua página de Facebook nesta segunda-feira.
"Rainbow" mistura a sonoridade pop característica da Kesha de sete anos atrás com canções poderosas nas quais canaliza a frustração, dor e raiva que sentiu durante uma disputa nos tribunais com seu ex-produtor, Dr. Luke, que ela acusou de abuso emocional e sexual.
Dr. Luke negou as alegações e contra-atacou com um processo por difamação. O caso, e a luta de Kesha para ser liberada de um contrato de vários álbuns com a Sony Music, ainda está em tramitação no sistema judicial dos EUA, e a cantora decidiu lançar "Rainbow" ainda pela mesma gravadora.
"Rainbow" tomou o lugar de "Damn.", disco do rapper Kendrick Lamar lançado em abril, que foi para a segunda colocação da Billboard 200 com mais 43 mil unidades vendidas durante a semana.
Na parada de canções digitais, que mede as vendas de singles pela internet, "Despacito", sensação global do cantor portorriquenho Luis Fonsi com participação de Justin Bieber, não deu sinal de que sairá do número um, já que vendeu mais 83 mil cópias.
(Por Jill Serjeant)