(Reuters) - A renúncia do paraguaio Juan Angel Napout do cargo de presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) abriu caminho para a primeira eleição em três décadas na entidade, marcada para 26 de janeiro.
A renúncia de Napout foi anunciada no congresso da Conmebol, nesta semana, após sua prisão junto com outras 15 pessoas ligadas a casos de corrupção investigados no mundo do futebol.
O vice-presidente da Fifa de 57 anos foi preso em Zurique, na semana passada, em cumprimento a um mandato dos EUA que o acusou de ter recebido milhões de dólares em propinas ligadas à venda de direitos comerciais de torneios na América Latina.
Ele está banido de qualquer atividade ligada ao futebol e concordou em ser extraditado para os EUA. O presidente da federação de futebol uruguaia, Wilmar Valdez, que presidiu o congresso, assumiu interinamente a Conmebol até a eleição.
Valdez, quarto presidente da Conmebol desde maio de 2013, não detalhou quais seriam as mudanças necessárias na entidade, mas afirmou ser o momento para que o "dinheiro vá para onde deve ir, que são os clubes."
A Conmebol foi presidida pelo paraguaio Nicolas Leoz de 1986 até sua renúncia, em 2013, quando a série de investigações sobre a corrupção no futebol começou a se aproximar de seu nome.
O uruguaio Eugenio Figueredo assumiu o cargo, mas esteve entre os primeiros a serem presos por agentes do FBI em Zurique em maio do ano passado, por acusações relacionadas a propinas, e Napout havia então assumido seu lugar.
(Reportagem de Ed Osmond) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20151212T161757+0000