(Reuters) - As autoridades do Estado norte-americano do Kansas começaram a investigar nesta sexta-feira a motivação de um homem que abriu fogo dentro da fábrica em que trabalhava, matando 3 pessoas e ferindo 14 até ser morto por um policial.
As autoridades de segurança de Hesston, cidade de cerca de 3,8 mil pessoas, disseram que o ataque de quinta-feira não foi um atentado terrorista.
"Esta é uma situação horrível, meus amigos, simplesmente horrível", disse o xerife do condado de Harvey, T. Walton, em uma coletiva de imprensa no final da noite.
"Houve algumas coisas que despertaram este indivíduo em particular", afirmou, sem entrar em detalhes.
Embora muitas das vítimas sejam colegas de trabalho, o suposto agressor pareceu ter atirado a esmo, disse Walton. Cinco dos 14 feridos estão em estado grave.
A matança em Kansas se seguiu a um massacre em Michigan nesta semana, quando um taxista do serviço Uber UBER.UL matou seis pessoas a tiros.
A escalada no número de assassinatos com arma de fogo nos Estados Unidos fez a questão do controle de armas ganhar relevância como tema da eleição presidencial de novembro no país.
O atirador de Kansas, que estava armado com um rifle de assalto de calibre .223 e uma pistola, disparou de dentro de seu veículo enquanto passava entre duas cidades, contou o xerife Walton. Depois ele roubou o carro de uma vítima e foi até as Indústrias Excel, onde trabalhava, e atirou em uma pessoa no estacionamento.
O atirador entrou na fábrica, onde deveria iniciar sua jornada de trabalho e onde mais de 100 empregados iniciavam o segundo turno do dia, e abriu fogo contra seus colegas, matando três, disse o xerife. Outros funcionários fugiram em pânico.
O primeiro policial a chegar ao local trocou tiros com o agressor perto da sala de pintura do edifício e o matou, afirmou Walton.
(Por Victoria Cavaliere)