Por Suleiman Al-Khalidi e Lisa Barrington
AMÃ/BEIRUTE (Reuters) - Cerca de 50 civis foram mortos quando mísseis atingiram cinco centros médicos e duas escolas em cidades sírias controladas por rebeldes nesta segunda-feira, disseram moradores e a Organização das Nações Unidas (ONU).
O massacre ocorreu no momento em que tropas sírias com o apoio russo intensificavam o avanço em direção ao reduto rebelde de Aleppo.
Foram mortas 14 pessoas na cidade de Azaz perto da fronteira turca quando mísseis atingiram uma escola que abrigava famílias fugindo da ofensiva militar e um hospital infantil, afirmaram dois moradores e um médico.
Bombas também atingiram um outro abrigo de refugiados ao sul da cidade e um comboio de caminhões, declarou outro morador.
“Estamos movendo várias crianças aos berros do hospital”, disse o médico Juma Rahal.
Pelo menos duas crianças foram mortas e várias pessoas ficaram feridas, afirmou ele.
Ativistas disponibilizaram na Internet um vídeo que supostamente mostra o hospital danificado. Três bebês choram em incubadoras numa ala cheia de equipamento médico quebrado. A Reuters não teve como verificar de forma independente a autenticidade do vídeo.
Num incidente separado, mísseis atingiram um outro hospital na cidade de Marat Numan, na província de Idlib, no noroeste da Síria, declarou o presidente francês da organização Médicos sem Fronteiras, que apoiava o hospital.
"Havia pelo menos sete mortos entre funcionários e pacientes, e pelo menos oito pessoas dos Médicos sem Fronteiras desapareceram, e não sabemos se estão vivos”, disse Mego Terzian à Reuters.