Investing.com – Em relatório de cenário macroeconômico, o banco Santander Brasil revisou suas projeções para o crescimento da economia medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) de 2% para 2,3% em 2024.
Além disso, passou a estimar taxa de desemprego de 6,6% para este ano, contra 7,2% estimados anteriormente. Com um mercado de trabalho apertado, a inflação tende a seguir pressionada, com a expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine o ano em 4,1%. Antes, a expectativa para o indicador de preços era de 3,8%.
A projeção para a Selic segue em 10,5% ao final deste ano, enquanto a estimativa do câmbio foi revisada de R$5,30 por dólar para R$5,40.
Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander Brasil (BVMF:SANB11), destacou em rede social que uma reprecificação de ativos afetou o câmbio. “O dólar mudou de patamar por razões externas mas, especialmente, internas ao Brasil. Assim, temos mais crescimento, mais inflação e mais juros no curto prazo. O que rebaterá sobre atividade (desaceleração) em 2025 - um cenário análogo ao que tínhamos há um ano”.
Para 2025, o Santander cortou a projeção da expansão do PIB de 1,8% para 1,5%, pois entende que os juros devem ficar elevados por mais tempo, conforme ajustes nas projeções da Selic e câmbio. O desemprego deve atingir 7,2% no ano que vem, estimativa revisada de 7,4%.
Ainda, a inflação deve alcançar 4%, contra 3,8% esperados anteriormente. A projeção para a Selic foi revisada de 9% para 9,5%, enquanto a do dólar de R$5,40 para R$5,50.
No cenário internacional, o banco acompanha o mercado ao passar a estimar corte de juros do Federal Reserve em setembro. Antes, a instituição financeira entendia que o Fed iria iniciar o ciclo de flexibilização em dezembro.