SÃO PAULO (Reuters) - A liberação pelo governo federal de saques no FGTS de até 500 reais não deve ampliar a intenção de compra de consumidores do país durante a Black Friday deste ano, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira.
Segundo levantamento do site de comparação de preços Zoom com 7.038 pessoas, 70% disseram que não acreditam que saque do FGTS as fará comprar mais durante a data, marcada para esta sexta-feira, 29 de novembro.
Além disso, a pesquisa identificou que 77% dos entrevistados afirmaram que estão mais cautelosos este ano e mais atentos ao atual cenário econômico do país.
Apesar da cautela, quase a totalidade dos respondentes, 97,5%, afirmaram que pretendem fazer compras durante a Black Friday deste ano.
Mais cedo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que o saque imediato de 500 reais do FGTS já atingiu 46 milhões de trabalhadores, liberando 20 bilhões de reais.
Paralelamente, a empresa de pesquisa de mercado Compre & Confie, focada em comércio eletrônico, estima que a Black Friday deste ano deve registrar aumento de 19% nas vendas, somando 3,5 bilhões de reais, mas o tíquete médio, valor médio de cada compra, deve cair 4%, para 600 reais.
Em 2018, as vendas no comércio eletrônico na Black Friday do Brasil atingiram 2,6 bilhões de reais, alta de 23% em relação a 2017, superando as expectativas, segundo a empresa de pesquisa de mercado Ebit|Nielsen. O número de pedidos cresceu 13%, para 4,27 milhões, enquanto o tíquete médio expandiu 8%, a 608 reais.
(Por Alberto Alerigi Jr.)