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Será mais fácil decidir sobre rating do Brasil sem reforma da Previdência, diz Moody's

Publicado 10.10.2017, 12:55
Atualizado 10.10.2017, 13:00
© Reuters.  Será mais fácil decidir sobre rating do Brasil sem reforma da Previdência, diz Moody's

SÃO PAULO (Reuters) - A Moody's terá mais facilidade para decidir sobre o rating do Brasil se o país não aprovar uma reforma da Previdência até o início de 2018, disse nesta terça-feira o responsável por ratings soberanos de América Latina na Moody's, Mauro Leos.

A Moody's planeja enviar uma missão ao Brasil no primeiro trimestre do ano que vem para avaliar uma possível ação sobre o rating brasileiro.

"Se não houver nenhuma reforma nem expectativa de que ela saia antes de 2019, aí nossa decisão será mais fácil", disse Leos a jornalistas, sinalizando que neste cenário a expectativa mais pessimista para o rating brasileiro se consolidaria.

A agência classifica atualmente o país com nota Ba2, com perspectiva negativa, o que indica que se houver alguma mudança do rating seria para baixo.

Para o executivo, os fatores mais importantes que pesarão sobre uma próxima ação de rating da Moody's para o Brasil são domésticos, especialmente o quadro fiscal.

Neste sentido, mesmo no cenário mais positivo, em que o governo consiga aprovar uma reforma previdenciária e o ritmo de crescimento econômico ganhe tração, a Moody's avalia que a dívida como proporção do PIB, hoje em 75 por cento, só se estabilizaria a partir de 2020.

Para Leos, os investidores internacionais têm sido bastante pacientes com o país, o que pode ser visto no fluxo recente de capital financeiro para a bolsa paulista, cujo principal índice chegou a atingir nova máxima histórica intradia aos 78 mil pontos.

"Os investidores estrangeiros desenvolveram um alto nível de tolerância em relação ao Brasil", disse Leos durante apresentação a investidores e analistas.

Segundo ele, de fato o país tem apresentado melhoras no panorama macroeconômico de curto prazo, com queda da inflação e dos juros e retomada do crescimento econômico.

A continuidade desse cenário mais benigno, aliado à eventual aprovação da reforma previdenciária, seriam levados em conta no começo do ano que vem, quando uma equipe da Moody's visitará o país.

"São cenários possíveis manter a perspectiva negativa ou a mudança para estável", disse Leos a jornalistas.

No entanto, uma frustração da reforma previdenciária aceleraria a trajetória de endividamento, que poderia atingir mais rapidamente o nível de 90 por cento nos próximos anos, segundo ele.

Para Leos, esse horizonte pode fazer o mercado ajustar rapidamente suas expectativas, o que teria consequências mais imediatas sobre o câmbio e o mercado acionário.

(Por Aluísio Alves)

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