MADRI (Reuters) - Um promotor espanhol apresentou uma segunda ação fiscal contra a cantora colombiana Shakira, acusando-a de ter defraudado o Estado em 6,6 milhões de euros em 2018, de acordo com um pedido ao tribunal de investigação visto pela Reuters nesta terça-feira.
Shakira optou por ir a julgamento em novembro, em Barcelona, em um caso em que nega ter deixado de pagar 14,5 milhões de euros em impostos no período de 2012 a 2014, pelo qual poderá ser presa por até oito anos.
No novo caso, o promotor alega que, em 2018, Shakira não declarou lucros de 12,5 milhões de dólares de um pagamento antecipado para sua turnê El Dorado World Tour, entre outros.
Naquela época, ela estava em um relacionamento com o astro do futebol do FC Barcelona Gerard Piqué e morava na cidade com seus dois filhos.
Os promotores argumentam que ela residia na Espanha e, portanto, era obrigada a tributar todas as suas receitas mundiais lá, independentemente de onde tivessem sido obtidas. Em vez disso, segundo eles, ela desviou o dinheiro para "empresas domiciliadas em países com baixa tributação e alta opacidade".
A estrela de 46 anos, que vendeu milhões de discos no mundo todo, é acusada de não ter pago 5,4 milhões de euros de imposto de renda, e calcula-se que deva 6 milhões depois de levar em conta os juros acumulados, mas também os pagamentos voluntários.
Ela também é acusada de sonegar 773.600 euros em imposto sobre a fortuna, resultando em uma dívida de 625.190 euros.
A equipe jurídica de Shakira disse que ela não recebeu nenhuma notificação sobre o novo processo em Miami, onde reside atualmente.
"A equipe jurídica de Shakira está concentrada na preparação para o julgamento dos anos fiscais de 2012-14, que começará em 20 de novembro", disse em um comunicado enviado por email.
A cantora recusou um acordo com os promotores no caso de 2012-14, dizendo estar confiante de que se comportou de forma correta e transparente desde o início.
(Reportagem de Emma Pinedo)