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Siemens prevê mais de 2 mil novos funcionários para pesquisa do Rio com apostas em energia

Publicado 01.10.2018, 17:17
© Reuters. Perfuradora de petróleo no Rio de Janeiro
PETR4
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A alemã Siemens tem como objetivo elevar à capacidade máxima o seu centro de pesquisas no Rio de Janeiro, em três anos, atingindo um total de 3 mil funcionários, ante os atuais 800, com apostas na área de energia e o setor de petróleo se recuperando de tempos difíceis que coincidiram com uma redução de investimentos pela Petrobras (SA:PETR4).

Em um momento em que a exploração de petróleo está já mais diversificada no país, com a atuação mais forte de petroleiras internacionais, em meio a preços do petróleo agora em máximas de quatro anos, a ideia é expandir o quadro de pesquisadores para aproveitar melhor as oportunidades advindas de um processo de transição energética guiada pelo setor de gás, disse à Reuters o presidente da empresa no Brasil, Andre Clark.

O centro de pesquisas em questão fica no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, junto à UFRJ, onde a alemã é vizinha de outras gigantes como Halliburton, Schlumberger, GE e TechnipFMC, que se instalaram na região ao longo dos últimos oito anos, com a aposta no pré-sal, mas cujos investimentos foram abalados pela falta de projetos e queda do preço do petróleo.

"A gente manteve o centro de pesquisas apesar desse vazio de quase dois anos. Ele tem capacidade para quase 3 mil pessoas trabalhando lá, hoje tem por volta de 800 pessoas... Mas estamos bastante animados. Estão todos revendo os recursos de pesquisa e desenvolvimento", disse Clark, em uma entrevista à Reuters na semana passada, nos bastidores do congresso Rio Oil & Gas, no Rio.

Como alguns dos estímulos para o crescimento das atividades, o executivo apontou políticas públicas voltadas para a tecnologia, assim como a iniciativa recente da agência reguladora do setor de petróleo (ANP) de rever as regras para o direcionamento de investimentos obrigatórios de petroleiras em pesquisa e desenvolvimento, em busca de ampliar acesso a recursos e agilizar projetos.

"Você junta a excelência acadêmica que o Rio de Janeiro tem... mais interesse dos clientes, mais as coisas que a gente faz, o próprio interesse da Siemens, um dos objetivos internos é voltar a ter aquela casa cheia nos próximos 36 meses e é justamente o 'timing' dos recursos voltarem", afirmou.

Os centros de pesquisa ganharam novas oportunidades pela frente, conforme pontuou Clark, com soluções tecnológicas com foco em digitalização para a indústria de petróleo e o próprio processo de transição energética, em um ambiente em que o Brasil se prepara para se tornar "um dos maiores exportadores de energia do planeta".

Segundo ele, "o petróleo começa a conversar com o mundo da eletricidade, com geração, consumo, eficiência energética", trazendo inúmeras possibilidades para a Siemens, que prevê investimentos de 1 bilhão de euros no país, nos próximos cinco anos, sendo grande parte em energia.

O abundante gás natural do pré-sal, segundo o executivo, terá um importante papel na transição energética brasileira, enquanto outros países europeus, por exemplo, ainda estão empenhados em soluções para substituir usinas a carvão.

A Siemens está presente, como fornecedora de equipamentos, em importantes projetos de gás natural no Porto do Açu, no Estado do Rio, onde há planos para a construção de um importante hub de gás. Também está mapeando novos projetos.

"Hoje monitoramos 28 projetos de clientes diversos, cada vez mais robustos para utilização de gás para termelétricas. Estão todos esperando os leilões e sua chance de vender essa energia... e tem muito projeto bom pela costa brasileira e no interior também", afirmou.

© Reuters. Perfuradora de petróleo no Rio de Janeiro

Clark afirmou que a empresa, presente há 150 anos no Brasil, olha o país no longo prazo e que o atual cenário de eleições não prejudica o otimismo da empresa, que acredita que o próximo governo dará continuidade a importantes reformas regulatórias no setor de energia iniciadas pelo governo atual.

(Por Marta Nogueira)

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