MUNIQUE (Reuters) - O grupo alemão de engenharia Siemens planeja reduzir o número de divisões industriais para aumentar a lucratividade, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
O conglomerado com sede em Munique reduzirá as unidades em suas principais operações industriais para três, de cinco anteriormente, e o conselho supervisor já discutiu as mudanças, acrescentou a fonte à Reuters.
Detalhes da tão aguardada estratégia batizada de "Vision 2020+" serão revelados em agosto, afirmaram duas fontes, que pediram para não serem identificadas porque o assunto é confidencial.
As mudanças entram em vigor em 1º de outubro, que marca o início do novo ano financeiro da Siemens, completou uma das fontes.
"Isso será mais uma evolução que revolução", disse a fonte.
Segundo a revista alemã Manager Magazin, que noticiou as mudanças mais cedo, metas de margens maiores serão atribuídas às novas divisões.
A reestruturação faz parte dos esforços do presidente-executivo da Siemens, Joe Kaeser, de afrouxar o controle central para permitir que as subsidiárias sejam bem sucedidas, informou a publicação, citando fontes da empresa.
Parte do plano consiste em combinar a unidade chamada Digital Factory com operações para automatizar processos industriais, bem como unir as redes de alta voltagem com os negócios de usinas de energia, de acordo com a Manager Magazin.
As mudanças, segundo as fontes, também envolverão a gestão de energia, desenvolvimento de tecnologias e engenharia de geração de energia.
As ações da Siemens operavam em queda de 0,7 por cento por volta das 10:40 (horário de Brasília).
"Atualmente, estamos desenvolvendo ainda mais a nossa estratégia corporativa --de modo mais calmo e diligente", informou a Siemens por email. "Sempre que ajustes forem necessários, nós agiremos. Ao fazê-lo, sempre focaremos na proximidade com o cliente, competitividade e capacidade para inovar".
No início deste ano, o grupo alemão abriu o capital de uma fatia minoritária na unidade de cuidados com saúde Healthineers, que fabrica aparelhos de raio-X e de ressonância magnética, em uma das maiores listagens na Alemanha dos últimos anos.
(Por Alexander Huebner)