Cairo, 23 jul (EFE).- O governo da Síria disse nesta terça-feira que a medida da União Europeia (UE) de incluir o braço armado do grupo xiita libanês Hezbollah em sua lista de grupos terroristas "serve aos interesses de Israel" na região.
"As forças que estão por trás deste passo têm como objetivo o presente e o futuro do povo árabe e da Resistência", afirmou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores sírio, divulgado pela agência de notícias estatal "Sana".
Segundo a nota, a medida "satisfaz as exigências de Israel e dos EUA contra o movimento da resistência no Líbano e nos demais estados árabes".
"O Hezbollah é uma parte básica do tecido nacional libanês e tem uma ampla popularidade no Líbano, já que fortalece a união nacional", acrescentou Damasco, que tem no grupo xiita um firme aliado.
Por sua vez, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor, considerou que a medida da UE é "um passo no caminho correto".
Em comunicado, a CNFROS ressaltou a necessidade de que os países da UE adotem medidas práticas para pôr fim à intervenção na Síria do grupo xiita libanês.
Os ministros das Relações Exteriores da UE acordaram ontem incluir o braço armado do Hezbollah em sua lista de organizações terroristas, em resposta ao atentado suicida cometido supostamente por este grupo há um ano na Bulgária e que matou seis pessoas.
O Hezbollah qualificou como "agressiva e injusta" esta decisão, que segundo alegou "não se baseia em nenhuma justificativa ou prova". EFE