Por Allison Lampert e Mike Stone
(Reuters) - A Spirit AeroSystems informou aos funcionários nesta sexta-feira que irá colocar 700 trabalhadores em licença não remunerada por 21 dias, uma vez que a greve que já dura mais de um mês na fabricante de aviões Boeing (NYSE:BA) está afetando seu fluxo de caixa e espaço para estoque.
As licenças, noticiadas primeiro pela Reuters, afetarão os funcionários da Spirit Aero que trabalham nos programas de aviões widebody 767 e 777 da Boeing. A produção desses jatos foi interrompida durante a greve de mais de 33 mil trabalhadores de fábricas da Costa Oeste dos Estados Unidos.
As licenças não remuneradas seguem outros esforços da Spirit para cortar custos, incluindo um congelamento nas contratações e restrições de viagens e horas extras.
A Spirit disse em comunicado nesta sexta-feira que não tem espaço para armazenamento adicional das fuselagens dos modelos 767 e 777 que constrói.
"Reconhecemos o impacto que isso tem em nossos valiosos colegas e suas famílias, e estamos comprometidos em apoiá-los durante este período", disse o presidente-executivo da Spirit, Pat Shanahan.
Fornecedores da Boeing, que investiram pesadamente em materiais e ferramentas para apoiar o aumento planejado de produção de jatos da fabricante de aeronaves, têm colocado trabalhadores em licença nas últimas semanas e adiado investimentos devido à greve.
A Spirit Aero, com sede em Wichita, Kansas, também alertou que terá que demitir trabalhadores e anunciar mais licenças se a greve continuar para além de novembro, disse o porta-voz da Spirit, Joe Buccino. A Boeing se recusou a comentar.
(Reportagem de Allison Lampert em Montreal e Mike Stone em Washington; reportagem adicional de David Shepardson)