Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um grupo de 19 padres católicos e acadêmicos exigiram que bispos denunciem o Papa Francisco como um herege, na última investida ultra-conservadora contra o pontífice, a partir de assuntos como a comunhão para os divorciados até a diversidade religiosa.
O mais influente do grupo é o padre Aidan Nichols, um britânico de 70 anos da ordem dos Dominicanos que já escreveu vários livros e é um dos mais reconhecidos teólogos de língua inglesa. Os demais são menos conhecidos.
"Tomamos essa medida como um último recurso para responder aos danos acumulados pelas palavras e ações do Papa Francisco ao longo de vários anos e que abriram caminho para uma das maiores crises na história da Igreja Católica", disse o grupo em uma carta aberta de 20 páginas.
A carta ataca Franscico por supostamente aliviar as posturas da Igreja em uma série de assuntos. Eles dizem que Francisco não se pronuncia abertamente contra o aborto e tem sido muito receptivo aos homossexuais e muito complacente em relação a protestantes e muçulmanos.
O documento foi publicado na terça-feira pelo LifeSiteNews, website conservador que frequentemente serve como uma plataforma para ataques ao papa. Em 2018, o site publicou um documento de autoria do ex-embaixador do Vaticano para Washington, o arcebispo Carlo Maria Vigano, pedindo que o papa renunciasse.
Um porta-voz do vaticano não quis comentar sobre a carta.