RIO DE JANEIRO (Reuters) - O conselho da norueguesa Statoil aprovou a contratação de uma terceira plataforma fixa para o campo de Peregrino, na Bacia de Campos, único em produção da petroleira no Brasil, informou a companhia nesta terça-feira.
A empresa agora está em processo para organização das licitações para a plataforma e demais equipamentos necessários.
Em declarações recentes, o vice-presidente de Relações Públicas da companhia e porta-voz no Brasil, Mauro Andrade, disse que a nova unidade deve entrar em operação em 2019.
Será uma plataforma com sonda de perfuração integrada, acomodações e sistema de geração de energia, segundo a companhia, que preferiu não informar volumes de investimentos.
A nova unidade será conectada à plataforma Peregrino A, já existente no campo, e a outra plataforma, do tipo FPSO, em operação na área.
Além da FPSO (unidade flutuante que armazena e produz) e da Peregrino A, a Statoil tem ainda mais uma plataforma fixa em operação no campo.
"Todo o processamento do petróleo continua sendo realizado no FPSO que já produz no campo de Peregrino", explicou a Statoil, em nota enviada nesta terça-feira à Reuters.
Detalhes mais precisos sobre o projeto ou data de chegada da nova unidade somente serão divulgados quando a empresa entregar um novo plano de desenvolvimento para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que deve acontecer em janeiro do próximo ano.
No início deste mês, Andrade destacou que a nova plataforma, que deveria seria aprovada neste ano, integrará a segunda fase de desenvolvimento de Peregrino, resultado de estudos que se iniciaram em 2010.
O objetivo da empresa com a fase 2 do projeto é acrescentar pelo menos 150 milhões de barris de petróleo recuperáveis às atuais reservas da Statoil, que somam mais de 300 milhões de barris de petróleo recuperáveis.
Atualmente, a produção do campo de Peregrino varia entre 80 mil e 90 mil barris de petróleo por dia.
A Statoil é a operadora de Peregrino, com 60 por cento de participação, e tem como sócia a chinesa Sinochem, que detém os outros 40 por cento.
(Por Marta Nogueira)