RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira norueguesa Statoil conseguiu reduzir custos da segunda fase de desenvolvimento do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, após uma reestruturação do projeto da plataforma que será instalada na área, mas a medida poderá atrasar um pouco a produção, disse nesta segunda-feira um executivo da companhia.
Petroleiras de todo o mundo estão em busca de redução de investimentos e corte de custos para enfrentar os baixos preços do barril do petróleo.
O cenário, entretanto, também contribuiu para uma redução dos preços dos contratos com a indústria fornecedora, que enfrenta uma redução da demanda por equipamentos e serviços, disse o vice-presidente de relações públicas e porta-voz da companhia no Brasil, Mauro Andrade.
A contratação da plataforma para Peregrino, único campo da norueguesa em produção no Brasil, foi aprovada pelo Conselho da empresa no fim do ano passado, mas apenas deverá ocorrer em 2016, de acordo com Andrade.
"O número final está saindo agora e não podemos dizer ainda; mas sim, conseguimos fazer uma redução de custos que foi o nosso objetivo", afirmou o executivo a jornalistas, após participar de um evento do setor no Centro de Pesquisas da GE no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Entretanto, o início da produção da plataforma, anteriormente previsto para 2019, poderá "ir um pouco mais para frente", o que pode atrapalhar ganhos da empresa com o projeto.
"Eu aprovo um projeto com uma data de produção, toda vez que eu a levo para frente, o valor presente líquido daquele projeto diminui então tem que ter uma condição muito boa de mercado", afirmou.
Andrade afirmou que a data de início da produção da unidade vai depender de variáveis como a rapidez das contratações, a data de entrega da plataforma e também as condições de mar para a instalação no local. A plataforma a ser contratada será fixa, com uma sonda de perfuração integrada, e terá capacidade de produção entre 40 mil e 45 mil barris por dia de petróleo. Será a terceira plataforma fixa da Statoil em Peregrino.
A norueguesa é a operadora de Peregrino, com 60 por cento de participação, e tem como sócia a chinesa Sinochem, que detém os outros 40 por cento.
(Por Marta Nogueira)