Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa avançou nesta sexta-feira, diante do momentâneo alívio internacional em relação à crise da Grécia e com medidas do governo Chinês para conter uma derrocada da sua bolsa.
Apoiado sobretudo em ações de bancos e da Petrobras (SA:PETR4), esta após decisão de um juiz dos Estados Unidos sobre um processo movido por acionistas, o Ibovespa subiu 1,56 por cento, aos 52.590 pontos. Com isso, o índice fechou a semana com leve alta de 0,14 por cento.
Espremida entre um feriado regional e o final de semana, a sessão teve grito financeiro de apenas 5,57 bilhões de reais, ante média diária em 2015 de 6,9 bilhões de reais.
Após a Grécia ter enviado na véspera uma proposta detalhada de como deve cumprir as condições para receber nova ajuda, os mercados internacionais renovaram as esperanças de que o país conseguirá permanecer na zona do euro.
"O resultado foi um mercado favorável", disse a equipe de pesquisa da Fator Corretora, em nota a clientes.
Haverá reunião dos ministros de finanças da zona do euro no sábado e de líderes políticos da União Europeia no domingo.
Em outra frente, as bolsas da China subiram pela segunda sessão seguida, após uma série de medidas do governo para conter a queda acima de 30 por cento nas últimas quatro semanas.
DESTAQUES
=PETROBRAS subiu mais de 2 por cento, após um juiz nos Estados Unidos decidir dar sequência a processo coletivo de investidores no país contra a companhia, mas limitando o alcance da ação.
=VALE viu sua ação preferencial recuar 0,9 por cento, revertendo de um começo de dia positivo, quando teve um impulso inicial devido à recuperação no preço do minério de ferro na China. Ações de siderurgia também fecharam o dia no vermelho.
=BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO lideraram o avanço das ações de bancos, com valorização de 4 e 3 por cento, respectivamente.
=MARCOPOLO subiu mais de 3 por cento, após o presidente da associação de montadoras Anfavea, Luiz Moan, afirmar na véspera que o governo federal prepara medidas para ampliar a exportação de veículos, incluindo financiamento por bancos públicos ao segmento de autopeças e a redução do Imposto de Importação em acordos comerciais específicos.