ESTOCOLMO (Reuters) - A Suécia oferecerá centenas de bilhões de coroas suecas em garantias de liquidez a empresas de energia para ajudar a evitar uma crise financeira depois que a Gazprom, da Rússia, desligou o gasoduto Nord Stream 1, informou a primeira-ministra sueca neste sábado.
O governo vai apresentar uma proposta que permite a emissão de garantias de crédito, disse o ministro das Finanças, Mikael Damberg, acrescentando que todos os partidos parlamentares do país e o presidente do Parlamento foram informados.
O anúncio da primeira-ministra, Magdalena Andersson, vem após a Rússia não cumprir com o prazo para retomar os fluxos de gás via Nord Stream 1, que corre sob o Mar Báltico, neste sábado, aumentando as dificuldades da Europa em garantir combustível para o inverno.
"Se não agirmos, há um sério risco de rupturas no sistema financeiro, o que na pior das hipóteses pode levar a uma crise financeira", disse Andersson.
"Putin quer criar divisão, mas nossa mensagem é clara: você não conseguirá", ela acrescentou.
A Suécia tem enfrentado sua inflação mais elevada em 30 anos, e o banco central sueco subiu as taxas de juros duas vezes neste ano, com altas mais acentuadas previstas para antes do final do ano.
Os crescentes aumentos nas contas de luz, taxas de juros e a estagnação do crescimento econômico têm dominado a campanha antes das eleições gerais de 11 de setembro.
Na quarta-feira, Damberg disse que o governo espera ter disponíveis 90 bilhões de coroas suecas (8,36 bilhões de dólares) para ajudar a diminuir neste ano e no próximo o impacto no bolso dos consumidores, que têm observado valores recordes nas cobranças de eletricidade.
(Reportagem de Supantha Mukherjee e Johan Ahlander)