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Cenário externo dita queda do Ibovespa em sessão com noticiário corporativo intenso

Publicado 09.05.2019, 13:47
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, acompanhando o viés nos mercados acionários no exterior após nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, com uma bateria de notícias corporativas domésticas também repercutindo nos negócios.

Às 12:11, o Ibovespa caía 1,54 por cento, a 94.122,65 pontos. O volume financeiro somava 4,6 bilhões de reais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na noite de quarta-feira que a China "quebrou o acordo" em negociações comerciais e prometeu não recuar na imposição de novas tarifas sobre as importações chinesas.

Nesta quinta-feira, Pequim apelou aos EUA para encontrarem um meio-termo a fim de que os dois países consigam fechar um acordo, enquanto seu principal negociador chega a Washington para dois dias de negociações na esperança de evitar os aumentos de tarifas a partir de sexta-feira.

Para a equipe da corretora Mirae Asset, a nova ida de uma comitiva chinesa não retira a preocupação dos investidores em relação a piora de expectativas sobre a guerra comercial entre os dois países e o consequente impacto na desaceleração da economia mundial.

Wall Street tinha o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq com quedas de mais de 1 por cento.

Além dos desdobramentos da disputa comercial EUA-China, o penúltimo pregão da semana também era marcado pela repercussão de decisão de política monetária do Banco Central e números mais fracos sobre as vendas no varejo. Investidores ainda seguem monitorando o andamento da reforma da Previdência.

DESTAQUES

- GPA PN (SA:PCAR4) caía 5,55 por cento, após o controlador Casino afirmar que está analisando "opções estratégicas" para seus ativos na América Latina. O GPA reportou na noite da véspera queda de cerca de 27,4 por cento no lucro líquido consolidado do primeiro trimestre. VIA VAREJO tinha acréscimo de 0,2 por cento.

- BRASKEM PNA (SA:BRKM5) perdia 4,7 por cento, após resultado fraco no primeiro trimestre, com queda de 60 por cento no Ebitda recorrente no comparativo anual. Também no radar está que a prefeitura de Maceió vai estudar com a Procuradoria Geral do Município medidas de reparação de danos sofridas pela população como consequência de atividades de mineração da companhia.

- CSN (SA:CSNA3) tinha baixa de 3,85 por cento, tendo de pano de fundo lucro líquido de 87 milhões de reais no primeiro trimestre, queda ante o resultado positivo de 1,49 bilhão de reais obtido um ano antes, apesar de avanços de dois dígitos na receita e no resultado operacional. O Ebitda, contudo, superou estimativas no mercado e alcançou 1,72 bilhão de reais. [nL2N22K23D]

- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) cedia 0,2 por cento, em sessão negativa para os bancos do Ibovespa, com a pressão vendedora atenuada pelo resultado do primeiro trimestre, que agradou analistas, conforme uma combinação de controle das despesas com maiores margens nas operações de crédito ajudou no salto de mais de 40 por cento no lucro no período. No setor, BRADESCO PN (SA:BBDC4) cedia 2,2 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN caía 1,8 por cento.

- SUZANO avançava 2,7 por cento, entre as poucas altas da sessão. A companhia disse que o volume de produção de celulose de mercado em 2019 da Companhia deverá alcançar entre 9 milhões e 9,4 milhões de toneladas, implicando uma redução gradual de produção ao longo do ano quando comparado à sua capacidade produtiva e volumes históricos. A Suzano (SA:SUZB3) também divulga resultado após o fechamento. [L2N22L0YD]

- MRV (SA:MRVE3) valorizava-se 3,6 por cento, após divulgar na quarta-feira crescimento de dois dígitos no lucro líquido do primeiro trimestre, marcando um recorde para o período, apoiado na diluição de despesas em meio a receitas maiores.

© Reuters. (Blank Headline Received)

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) recuava 2 por cento, em movimento alinhado ao declínio dos preços do petróleo no exterior.

- VALE (SA:VALE3) cedia 1,4 por cento, antes da divulgação do resultado após o fechamento do mercado, também acompanhando o declínio de ações de mineradoras na Europa.

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