SÃO PAULO (Reuters) - O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, disse nesta terça-feira esperar que o Tribunal de Contas da União (TCU) libere nos próximos dias o Bloco 1 dos arrendamentos portuários, que inclui áreas em Santos (SP) e no Pará, admitindo a possibilidade de revisão na taxa de retorno dos projetos.
"Espero que para o próximo dia 15 o TCU possa liberar esse bloco", disse Araújo a jornalistas durante a feira Intermodal, do setor de logística.
O ministro admitiu a possibilidade de atualizar a taxa de retorno dos projetos, de forma a refletir a "realidade econômica atual", já que o processo está parado no TCU desde 2013.
"Dezoito meses atrás você tinha uma realidade, nada impede que, tendo o 'ok' do TCU, se possa fazer algumas alterações", afirmou, acrescentando que é preciso garantir a atratividade dos projetos.
"Vamos buscar uma equação que facilite investimentos sem ter que ouvir o TCU novamente", disse.
Sobre o modelo de financiamento, o ministro disse que na última reunião com o governo, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil se mostraram abertos a conceder os empréstimos necessários.
Araújo não garantiu que o governo abrirá uma linha de financiamento exclusiva para esse fim, mas afirmou haver "consciência de que temos que fazer um financiamento para que a iniciativa privada invista a curto, médio e longo prazo".
Segundo ele, o governo trabalha com a necessidade de que haja terminais de celulose em Santos e Paranaguá, de grãos no Pará e de investimentos no porto do Rio de Janeiro voltados ao trigo.
Araújo acrescentou que, na próxima quinta-feira, ocorre audiência pública na busca de uma modelagem para a concessão da dragagem dos canais de acesso.
(Por Priscila Jordão)