SÃO PAULO (Reuters) - A construtora Tenda, divisão de baixa renda da Gafisa, disse na noite de quinta-feira que está apurando as razões que levaram à inclusão de uma filial e uma subsidiária na "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego, que registra empregadores flagrados explorando mão-de-obra análoga à escrava no país.
Na última atualização do Cadastro de Empregadores, divulgada na quarta-feira, o MTE incluiu 91 nomes e excluiu outros 48, estes últimos por cumprimento a requisitos administrativos. Com isso, a lista passou a contar com 609 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas.
A Tenda aparece duas vezes, por uma obra residencial em Juiz de Fora e por um canteiro de obras em Belo Horizonte, ambos em Minas Gerais.
"A companhia está apurando as razões específicas que levaram à sua inclusão no Cadastro, mas desde já afirma que os valores e princípios da Tenda são incompatíveis com práticas irregulares trabalhistas", disse.
Acrescentando que se posiciona de maneira "sólida e veemente" contra qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas, a construtora afirmou que está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão do seu nome do Cadastro.
Segundo o MTE, a lista passa por atualizações maiores a cada seis meses.
A lista completa do MTE está disponível no link: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A46BB290E0146FD5EB4317B1D/CADASTRO%20DE%20EMPREGADORES%20ATUALIZA%C3%87%C3%83O%20Extraordin%C3%A1ria%20DE%2002-07-2014.%20exclus%C3%A3o%20do%20nome%20da%20GEP.pdf
(Por Marcela Ayres)