Por Hyunjoo Jin e Akash Sriram
(Reuters) - A Tesla (NASDAQ:TSLA) disse nesta terça-feira que apresentaria "novos modelos" até o início de 2025, o que fez com que suas ações subissem quase 11% nas negociações após o expediente.
O discurso da Tesla sobre novos veículos -- que, segundo a empresa, incluiria "modelos mais econômicos" usando as linhas de produção atuais -- aumentou a confiança dos investidores na fabricante de veículos elétricos.
A empresa vem lutando contra a concorrência acirrada e a redução das vendas, o que a levou a apresentar resultados trimestrais que não atenderam às estimativas de Wall Street.
O chefe-executivo Elon Musk disse aos investidores em uma teleconferência que a produção de novos modelos começaria no início de 2025, ou no final deste ano. Em janeiro, ele citou o segundo semestre de 2025 como a meta para o lançamento de um carro econômico de próxima geração amplamente esperado, geralmente chamado de Model 2.
A Reuters noticiou com exclusividade em 5 de abril que a Tesla havia descartado os planos para o Model 2. Nesta terça-feira, a Tesla não abordou diretamente a notícia da Reuters.
A companhia advertiu que o plano de fabricação dos novos modelos pode "resultar em uma redução de custos menor do que a esperada anteriormente".
Musk se recusou a responder a uma pergunta sobre se os novos veículos seriam modelos totalmente novos ou teriam apenas pequenos ajustes nos veículos existentes. "Acho que já dissemos tudo o que tínhamos a dizer sobre isso", afirmou.
"Parece claro que a nova plataforma de veículos foi de fato arquivada por enquanto", disse Sam Abuelsamid, analista da Guidehouse Insights. "O veículo da próxima geração deveria usar processos de produção fundamentalmente diferentes dos modelos atuais. Sem o desejo de gastar bilhões em novas instalações de produção ou reequipar as fábricas existentes, parece que veremos a Tesla continuar a fabricar os produtos atuais."
O plano da Tesla para carros mais acessíveis agradou aos investidores, apesar de seus fracos resultados trimestrais. Mas alguns permaneceram céticos.
A empresa informou nesta terça-feira uma receita de 21,3 bilhões de dólares para os três meses encerrados em março, em comparação com 23,33 bilhões de dólares um ano antes, a primeira queda desde 2020. Os analistas estimaram, em média, 22,15 bilhões de dólares, de acordo com dados da LSEG.
O lucro líquido no primeiro trimestre foi de 1,13 bilhão de dólares, em comparação com 2,51 bilhões de dólares de um ano antes.