Investing.com – A Tesla (NASDAQ:TSLA) informou na segunda-feira, 18, que reajustará em cerca de 10% o salário por hora de parte de seus funcionários em sua gigafábrica em Nevada, a partir de janeiro.
A montadora de veículos elétricos elevará o piso salarial de US$ 20 para US$ 22 por hora e o teto de US$ 30,65 para US$ 34,50 por hora. Esse aumento pode representar um acréscimo de US$ 2 a US$ 8,30 por hora no salário atual dos trabalhadores.
Além disso, a empresa simplificará sua estrutura de cargos, unificando vários níveis de funcionários. Por exemplo, aqueles que hoje recebem entre US$ 26,20 e US$ 30,65 por hora passarão a ganhar US$ 34,50 por hora.
O sindicato United Auto Workers (UAW) lançou no mês passado uma campanha para sindicalizar todo o setor automotivo não sindicalizado nos Estados Unidos. Essa iniciativa veio após o sindicato negociar novos contratos históricos com as grandes montadoras de Detroit.
No Summit DealBook do New York Times, o CEO da Tesla, Elon Musk, manifestou sua oposição aos sindicatos. “Não concordo com a ideia de sindicatos”, disse ele.
E completou, se a Tesla for sindicalizada, “será porque nós merecemos e falhamos de alguma forma”.
Honda Motor (NYSE:HMC) e Toyota (NYSE:TM), ambas montadoras japonesas, reajustaram os salários de trabalhadores de fábricas não sindicalizadas nos EUA. Uma medida que ocorre em um momento em que há sinais de que o UAW está voltando sua atenção para sindicalizar a mão de obra em fábricas de capital estrangeiro e aquelas operadas pela Tesla.
As ações da TSLA subiam 1,47%, a US$ 255, 78, no início da tarde desta terça-feira, 19, em Nova York.