SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telefonia celular TIM adiou para a próxima semana a reunião com sindicatos de trabalhadores sobre cortes de pessoal, em meio a expectativas de que a companhia reduza sua força de trabalho no país em cerca de 1.000 posições.
"Ele adiaram para a próxima semana, disseram que ainda não têm os números completos ou pacote de incentivos, que ainda estão estudando", disse Luis Antônio Souza, presidente do SinttelRio e secretário geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel). "As pessoas estão apreensivas com a indefinição", acrescentou.
A expectativa é que o anúncio dos cortes na operadora, segunda maior do país em linhas móveis ativas, fosse feito nesta terça-feira, mesmo dia em que a alta administração da controladora da empresa, a Telecom Italia, divulgou na Europa as linhas do plano estratégico que prevê investimentos de 14 bilhões de reais no Brasil nos próximos 3 anos.
Mais cedo nesta terça, o presidente da Telecom Italia Brasil afirmou na Europa que a empresa não tinha definido qualquer meta para corte de empregos no país. A TIM tem cerca de 13,6 mil trabalhadores no Brasil e tem meta de reduzir custos recorrentes no país em 1 bilhão de reais até o segundo semestre de 2017.
A TIM divulgou na semana passada crescimento de 3,3 por cento no lucro líquido do quarto trimestre ante mesmo período do ano anterior, resultado que teve ganhos relacionados à venda de torres de telefonia e criticado por analistas ao mostrar queda na receita de serviços.
As ações da TIM exibiam alta de 3,4 por cento perto do fim do pregão desta terça-feira, enquanto o Ibovespa avançava 2,2 por cento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)