SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista iniciava os negócios desta quinta-feira em alta, após redução acima da esperada da taxa Selic e possibilidade de mais corte à frente, com o viés externo benigno endossando os ganhos e a safra de balanços destacando os números de Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Ambev (SA:ABEV3).
Às 10:14, o Ibovespa subia 1,08%, a 79.916,51 pontos.
O Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,75 ponto na véspera, para 3% ao ano, após uma redução de 0,5 ponto na taxa básica em março. Pesquisa feita pela Reuters com 26 economistas mostrou que todos esperavam nova redução de 0,50 ponto desta vez.
A nova redução não deve ser maior que a adotada na quarta-feira, de 0,75 ponto, frisou o BC, indicando que a Selic não deve cair aquém do patamar de 2,25% ao ano. O BC também advertiu que seu próximo passo dependerá da evolução do quadro econômico e das perspectivas para as contas públicas.
"Dentro do mercado de investimentos, cada vez mais nesse momento, enxergamos que, do ponto de vista do custo de oportunidade, é muito mais interessante vislumbrar retornos mais altos indo para o mercado de ações ou para a economia real", afirmou Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora.
No exterior, repercutiam números sobre o comércio exterior chinês, bem como a alta dos preços do petróleo, que se sobressaíam a mais dados mostrando que milhões de norte-americanos buscaram auxílio-desemprego na semana passada. O futuro do S&P 500 avançava 1,5%.
Na China, as exportações em abril subiram 3,5% ante o ano anterior, registrando o primeiro dado positivo desde dezembro do ano passado. Em março as exportações haviam caído 6,6% e a expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 15,7%.
(Por Paula Arend Laier)