Desde a autoproclamada reeleição de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) em 28 de julho, mais de 100 trabalhadores da PDVSA (petroleira estatal) foram forçados a pedir demissão por serem contrários ao atual governo.
Ao menos 8 funcionários do Ministério do Petróleo também foram afastados por pressão política. As informações são da Reuters.
Segundo líderes sindicais, trabalhadores administrativos e operacionais foram instruídos pelos principais executivos a participarem de eventos pró-Maduro. Também afirmam que tiveram seus perfis em redes sociais monitorados.
Para o líder sindical José Bodas, “esta é uma retaliação política contra vários trabalhadores que no processo eleitoral mais recente se manifestaram contra Maduro“, disse em comunicado.
Segundo a apuração do órgão eleitoral, o presidente Nicolás Maduro foi reeleito para seu 3º mandato em 28 de julho com 51,2%. Contudo, a oposição afirmou que o seu candidato Edmundo González (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) teria obtido ao menos 67% dos votos contra 33% votos de Maduro.
Desde a divulgação do resultado da eleição, diversos protestos eclodiram na Venezuela. As autoridades do governo tentaram interromper os protestos usando balas de borracha, gás lacrimogêneo e força policial para dispersar os manifestantes.