Roma, 10 mar (EFE).- O Partido Trabalhista (PL), liderado pelo progressista Joseph Muscat, de 39 anos, venceu neste domingo as eleições gerais em Malta, pondo fim a quase 15 anos de governos liderados pelo Partido Nacionalista (PN).
Após um sábado dedicado ao voto, a apuração começou hoje por volta das 11h (7h de Brasília) e pouco menos de uma hora depois as projeções já indicavam a vitória dos trabalhistas, que obtiveram 55% dos sufrágios, contra 43% dos nacionalistas.
Resultado que neste pequeno país do Mediterrâneo com um sistema de marcada tendência bipartidária, no qual a alternância do poder entre nacionalistas e trabalhistas foi uma constante nos últimos 50 anos, representa a vitória com maior margem de votos desde que Malta obteve a independência do Reino Unido em 1964.
Nestas eleições cerca de 330 mil malteses foram chamados às urnas para renovar as 65 cadeiras da Câmara dos Representantes do país, que conta com um sistema parlamentar unicameral, eleito a cada cinco anos.
O até agora primeiro-ministro maltês, o conservador Lawrence Gonzi, líder do PN, aceitou sua derrota após a publicação das primeiras projeções de voto e ligou para Muscat para felicitá-lo pelos resultados obtidos.
O líder dos trabalhistas e próximo primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, por sua parte, celebrou os resultados do pleito e anunciou que convocará o Parlamento assim que for possível para aprovar os novos orçamentos.
Com sua vitória de hoje, os trabalhistas chegam pela primeira vez ao governo de Malta desde que este pequeno estado do Mediterrâneo passou a fazer parte da União Europeia (UE), em 2004. EFE
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