LONDRES (Reuters) - A operadora de commodities Trafigura pretende expandir seu negócio de operação de petróleo ainda mais para competir com a principal operadora Vitol nos próximos anos e acredita que aumentar barreiras para a entrada no setor vai excluir potenciais novatos.
O presidente da empresa, Christophe Salmon, disse em entrevista à Reuters que a Trafigura, que ao longo do último ano superou a Glencore (LON:GLEN) como a segunda maior operadora de petróleo do mundo, ainda está em modo de crescimento.
A Trafigura dobrou a quantidade de petróleo que negocia diariamente para 4 milhões de barris por dia desde 2012 e Salmon disse que não há motivo para não almejar negociar o tanto que negocia a Vitol, que opera mais petróleo diariamente do que qualquer outra operadora.
"Quando olhamos para a Vitol, ela está fazendo 6 milhões de barris por dia e não há razão para a Trafigura não conseguir atingir o nível da Vitol. Isso vai acontecer amanhã? Seguramente não, mas ao longo do tempo, é uma meta de longo prazo? Sim, com certeza", disse Salmon.
Conformidade e regulação mais rígidas tornaram o mundo das commodities um negócio muito mais caro para novatos, uma realidade que Salmon enxerga como positiva para a Trafigura.
"Eu diria que é bom para nós. No fim do dia, todas essas novas exigências estão aumentado as barreiras para a entrada no setor. Você precisa ter um departamento de conformidade de pleno direito e é razoavelmente caro se você é uma operadora menor, ou regional, disse ele.
(Por Amanda Cooper e Dmitry Zhadannikov)