SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) não enxerga grandes oportunidades de expansão internacional nos próximos anos devido ao tratamento fiscal do Brasil sobre lucros fora do país e ao custo elevado de haver padrões de capital diferentes, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do banco, Roberto Setubal.
"Infelizmente, a dinâmica atual nos coloca em desvantagem para competir por ativos no exterior", disse Setubal durante apresentação em evento do Itaú Unibanco com profissionais do mercado.
Para o executivo, que será sucedido no cargo por Candido Bracher no fim do mês, o cenário pode mudar daqui a alguns anos quando as regras de Basileia III, que o banco já obedece, forem adotadas integralmente por outros países.
Além disso, disse Setubal, o banco é tributado sobre os lucros de subsidiárias estrangeiras tanto no país de origem quanto no Brasil, o que tira competitividade do Itaú Unibanco no estrangeiro.
(Por Aluísio Alves)