Por Jeff Mason e Tom Polansek
WASHINGTON/CHICAGO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou na terça-feira que plantas de processamento de carne no país sigam abertas para assegurar o suprimento de alimentos, apesar de preocupações com surtos de coronavírus, em medida criticada por sindicatos, que defendem que os trabalhadores do setor precisam de mais proteção.
Por temores em relação à escassez de alimentos e interrupções na cadeia de suprimentos, Trump emitiu uma ordem executiva com base no Ato de Defesa da Produção para que as fábricas continuem a operar.
As maiores companhias de carnes do mundo, incluindo Smithfield Foods Inc, Cargill, JBS (SA:JBSS3) USA e Tyson, reduziram operações pela metade em cerca de 20 frigoríficos e plantas de processamento na América do Norte à medida que trabalhadores adoeceram, o que gerou preocupação com o suprimento.
A ordem assinada por Trump tem como objetivo, em parte, dar às empresas cobertura legal e proteção contra ações de responsabilização caso empregados peguem o vírus por terem que trabalhar.
O presidente do conselho da Tyson Foods, John H. Tyson, disse no domino que a cadeia de suprimento de alimentos estava "quebrando" e alertou sobre potencial escassez de carne.
Antes de assinar a ordem executiva, Trump disse a jornalistas no Salão Oval que a medida "resolverá quaisquer problemas" sobre a responsabilização das empresas e acrescentou que haverá "ampla oferta".
A medida, divulgada na noite de terça-feira, disse que o fechamento de apenas uma grande planta de processamento de carne poderia resultar na perda de 10 milhões de porções individuais de carnes para refeições por dia.
""Esses fechamentos ameaçam a continuidade do funcionamento da cadeia nacional de suprimentos de carne e aves, minando infraestrutura crítica durante uma emergência nacional", afirmou a ordem.