Por Jasper Ward e Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que vai processar o Google (NASDAQ:GOOGL) caso seja eleito em 5 de novembro, afirmando que a empresa só mostra “notícias ruins” a seu respeito.
Falando em sua rede social, a Truth Social, ele não ofereceu evidências sobre a sua acusação contra o Google.
“Foi descoberto que o Google usa ilegalmente um sistema para só revelar e mostrar notícias ruins sobre Donald J. Trump, algumas inventadas para esse propósito, e ao mesmo tempo só revela notícias boas sobre” a candidata democrata, Kamala Harris, afirmou o republicano.
“Essa é uma atividade ilegal e espero que o Departamento de Justiça os processe criminalmente por essa flagrante interferência nas eleições”, afirmou Trump. “Se não, e sujeito às leis do nosso país, pedirei que sejam processados nos mais altos níveis quando eu vencer a eleição e me tornar o presidente dos Estados Unidos.”
O Google não respondeu imediatamente a um pedido para que comentasse sobre o tema.
Trump fez uma acusação similar contra o Google em 2019, de acordo com o jornal The Washington Post. Ele afirmou em postagens no então Twitter, agora conhecido como X, que o Google favorecia notícias negativas sobre ele na eleição presidencial de 2016, disse o jornal. Na época, a empresa rejeitou a alegação.
Contudo, nas últimas semanas, alguns apoiadores do ex-presidente retomaram tais acusações. Em julho, dias após a tentativa de assassinato contra Trump, o bilionário Elon Musk usou a rede social X para acusar o Google de ter uma proibição de buscas para o ex-presidente.
(Reportagem de Jasper Ward e Kanishka Singh)