Por Luc Cohen
NOVA YORK (Reuters) - Donald Trump perdeu nesta quarta-feira a tentativa de adiar um processo de difamação iniciado pela escritora E. Jean Carroll, após ele negar que a tenha estuprado, antes de um depoimento do ex-presidente dos EUA, marcado para 19 de outubro.
Carroll processou Trump em novembro de 2019, cinco meses depois de ele negar que a estuprou em meados dos anos 1990 no provador de uma loja de departamento de Manhattan. Trump disse: "ela não é meu tipo".
Mais recentemente, Trump também alegou que estava protegido do processo de Carroll por uma lei federal que concede imunidade a funcionários do governo contra acusações de difamação.
Em setembro, Trump buscou paralisar o caso de Carroll, após um Tribunal Federal de Apelações de Manhatan deixar para a corte de apelações de Washington D.C. decidir se Trump agiu como presidente ao chamar Carroll de mentirosa em 2019. Carroll então acusou Trump de obstrução.
Na quarta-feira, o juiz federal Lewis Kaplan em Manhattan disse que completar o depoimento de Trump antes da decisão do tribunal do Distrito de Columbia sobre a apelação "não imporia fardo indevido ao senhor Trump, muito menos dano irreparável".
Roberta Kaplan, advogada de Carroll, disse: "Estamos satisfeitos que o juiz Kaplan concordou com nossa posição de não parar a descoberta neste caso".
Alina Habba, advogada de Trump disse, "Estamos ansiosos para estabelecer no registro que este caso é e sempre foi inteiramente sem mérito".
Separadamente do processo de difamação, Carroll, ex-colunista da revista Elle, planeja processar Trump em 24 de novembro por agressão e infligir sofrimento emocional.
Nessa data, uma lei estadual recentemente promulgada em Nova York dá a Caroll e outras pessoas que dizem terem sido vítimas de má conduta sexual prazo de um ano para entrar com processos por acusações de má conduta sexual, mesmo se os casos tiveram prescrito há muito tempo.