NOVA YORK (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump perdeu nesta sexta-feira uma disputa para impedir que a procuradora-geral do Estado de Nova York, Letitia James, investigasse suas práticas empresariais, permitindo que a investigação, que já dura três anos, continue avançando.
Trump, que é do Partido Republicano, processou James em um tribunal federal em Albany, argumentando que a investigação civil sobre se as Organizações Trump enganaram bancos e autoridades fiscais sobre as avaliações de seus ativos deveria ser suspensa pois ele acreditava que James, que é democrata, estaria utilizando o caso para favorecer sua carreira política.
James respondeu em um documento à corte em janeiro que "as alegações de discordâncias políticas de Trump não podem protegê-lo" da investigação.
A juíza distrital Brenda Sannes arquivou a ação na sexta-feira, declarando em uma decisão escrita que "não havia evidências" de que a investigação de James era conduzida em má fé.
"Ninguém neste país pode escolher como as leis se aplicam a eles, e Donald Trump não é exceção", disse James em nota. "Vamos continuar essa investigação sem impedimentos."
Alina Habba, advogada de Trump, disse em nota que irá recorrer da decisão, acrescentando que "a conduta escandalosa de James e a investigação abusiva" são o significado de má fé.
(Reportagem de Luc Cohen e Karen Freifeld em Nova York)