ISTAMBUL (Reuters) - A polícia de Istambul deteve sete suspeitos, sendo dois deles supostamente membros do Estado Islâmico, que planejavam realizar ataques na Turquia antes de um referendo no domingo, informou a corporação em um comunicado nesta sexta-feira.
Quatro turcos, dois sírios e um tajique pretendiam "criar caos" na Turquia, disse a polícia. Acredita-se que dois dos turcos se filiaram ao Estado Islâmico, que ocupa territórios na Síria e no Iraque.
O grupo extremista foi considerado culpado de pelo menos meia dúzia de ataques contra civis turcos nos últimos meses, incluindo um no clube noturno Reina, de Istambul, que matou 39 pessoas no dia de Ano Novo.
A polícia relatou ter apreendido identidades, celulares e passaportes nas buscas realizadas em quatro bairros de Istambul desde a semana passada.
Os turcos irão às urnas no domingo para decidir se aprovam mudanças constitucionais que dariam poderes mais amplos ao presidente Tayyip Erdogan. Apoiadores argumentam que isso fortaleceria o país, que enfrenta ameaças do Estado Islâmico e de militantes curdos. Já os opositores temem uma guinada autoritária.
Duas pesquisas de intenção de voto divulgadas na quinta-feira revelaram que uma pequena maioria dos eleitores irá votar a favor das alterações.
Esforços de segurança foram intensificados para a votação, mas na quarta-feira militantes curdos assumiram responsabilidade por um ataque a bomba contra um complexo policial no sudeste da Turquia que matou três pessoas.
Membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Turquia é parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islâmico e realizou uma incursão na Síria em agosto para expulsar o grupo jihadista e militantes curdos de suas fronteiras.
(Por Tuvan Gumrukcu)