Por David Shepardson e Ben Klayman
DETROIT (Reuters) - O acordo trabalhista da General Motors (NYSE:GM) com o sindicato norte-americano United Auto Workers (UAW) foi ratificado nesta quinta-feira, tornando os metalúrgicos da companhia nos Estados Unidos os primeiros das três montadoras de Detroit a aprovarem o acerto com a entidade.
As atenções agora se voltam para a votação em andamento na Ford (NYSE:F) e na Stellantis (NYSE:STLA), onde as margens atuais a favor do acordo sugerem aprovação com folga.
A votação confirma o acordo provisório do UAW com a GM após uma campanha sem precedentes de seis semanas de greves coordenadas em todas as três montadoras para cobrança de aumento de salários. O sindicato conseguiu obter reajustes recordes para os trabalhadores do setor automotivo após anos de salários estagnados e concessões dolorosas após a crise financeira de 2008.
Representantes do UAW e da GM não comentaram imediatamente.
A votação termina nesta quinta-feira, embora a maioria dos votos tenha sido depositada na véspera.
Embora o UAW não tenha anunciado formalmente a ratificação, ela marcará a primeira aprovação de um acordo, que vai até abril de 2028, com uma das três grandes montadoras de Detroit. A votação na Ford e na Stellantis ainda está em andamento.
Todas as três empresas aceitaram os acordos provisórios há cerca de duas semanas.
O novo acordo do UAW com a GM concede um reajuste de 25% no salário base até abril de 2028 e, cumulativamente, aumentará o salário máximo em 33%, para mais de 42 dólares por hora.
Atualmente, cerca de 67% dos trabalhadores da Ford que votaram são a favor do acordo com o sindicato, e cerca de 66% dos trabalhadores da Stellantis votaram a favor até o momento, de acordo com os números do UAW. A votação da Ford está programada para terminar na sexta-feira, enquanto a da Stellantis deve ser encerrada na próxima terça-feira.