BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Investing.com — Enquanto o consenso em Wall Street é que os EUA entrarão em recessão este ano, Jason Draho, Chefe de Alocação de Ativos para as Américas do UBS Global Wealth Management, questiona hoje: "E se a economia dos EUA não desacelerar muito por causa das tarifas ou não se tornar estagflacionária?"
Draho destaca que há alguns anos, quando a recessão era o consenso, isso se mostrou "bastante equivocado".
O estrategista observa que o relatório do PIB da semana passada "rimou com a história de maneiras que nos lembram a ter humildade ao prever a economia".
"Quase exatamente três anos atrás, a primeira divulgação do PIB dos EUA do 1º tri de 2022 foi de -0,3%, mas apenas dias depois, as folhas de pagamento não agrícolas de abril de 2022 foram divulgadas mostrando crescimento de 428 mil, superando as estimativas em 48 mil", comentou Draho. "Avançando para a semana passada, a primeira estimativa do PIB do 1º tri de 2025 foi de -1,4%, enquanto dois dias depois as folhas de pagamento de abril vieram em 177 mil, 39 mil acima do consenso."
Ele observa que tanto no 1º tri de 2022 quanto no 1º tri de 2025, os dados do PIB foram distorcidos por choques de oferta — primeiro pelo excesso de pedidos em meio a temores na cadeia de suprimentos, agora pela antecipação de tarifas. Apesar disso, o mercado de trabalho permaneceu forte.
Embora dados recentes fortes possam ser retrospectivos — e as tarifas ainda possam ter impacto — Draho lembra aos investidores que em 2022, os temores de recessão cresceram à medida que o Fed aumentou as taxas e o SVB (OTC:SIVBQ) entrou em colapso. No entanto, a economia ainda cresceu 2,85% em 2023 e 2024. "Portanto, também seria um erro agora descartar a possibilidade de que o crescimento dos EUA permanecerá resiliente e desafiará as expectativas de estagflação", afirma.
Se os EUA podem continuar evitando a recessão depende do que ainda está funcionando. De 2022 a 2024, finanças domésticas sólidas, política monetária relativamente flexível e um aumento na imigração mantiveram o crescimento. Hoje? As condições não são tão favoráveis, e o impulso do mercado de trabalho diminuiu.
Draho disse que o fator X difícil de medir pelo qual os EUA poderiam evitar a recessão é o dinamismo econômico, chamando-o de efeito ’Uberização’. "Quando oferta e demanda estão desalinhadas devido a choques do lado da oferta, os preços de bens e serviços se ajustam rapidamente para trazer toda a economia de volta ao equilíbrio", comenta. Essa mesma agilidade pode suavizar o impacto das novas tarifas, embora os riscos permaneçam.
O estrategista destaca que a recuperação de 14% do S&P 500 não é apenas sabedoria coletiva — é um alívio de que as tarifas finais não serão tão ruins quanto os anúncios do ’Dia da Libertação’. Enquanto isso, ele disse que sempre existe um cenário otimista para os mercados financeiros dos EUA, e agora é "a economia sendo relativamente imune às consequências negativas de tarifas mais altas".
No geral, Draho disse que um dos maiores erros dos investidores é não imaginar resultados alternativos. Embora as tarifas provavelmente tragam dor, assumir que não há potencial positivo é míope, disse ele. O estrategista afirmou que os mercados não parecem estar precificados para a fraqueza de dados relacionada às tarifas, o que poderia criar oportunidades de entrada em fases para ações americanas. "Pode ser difícil alocar quando os dados estão piorando, mas lembre-se de que por dois anos as ações americanas escalaram o muro de preocupação enquanto os investidores continuamente esperavam que os dados piorassem, o que nunca aconteceu", comentou. "Para citar Buffett novamente, é melhor ser temeroso quando os outros são gananciosos, e ganancioso quando os outros são temerosos."
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