WASHINGTON (Reuters) - Os Estados ricos do Golfo Árabe, como Arábia Saudita e Catar, bem como o grupo de economias emergentes Brics, também integrado pelo Brasil, deveriam fazer mais para ajudar refugiados sírios, disse uma autoridade sênior dos Estados Unidos nesta sexta-feira.
"Gostaria de ver mais ajuda vindo dos países do Golfo que estão na área do Oriente Médio e são relativamente ricos em comparação à Jordânia e ao Líbano", disse a secretário adjunta de Estado, Anne Richard, ao programa "Newsmakers", da rede C-SPAN.
"Também gostaríamos de ver mais (ajuda) dos chamados Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e, em menor medida, a África do Sul", acrescentou. "Estes são os Estados ricos que se preocupam com a região que poderiam e deveriam estar fazendo mais no lado humanitário."
Cerca de 250.000 pessoas morreram e cerca de 4 milhões foram para o exterior como refugiados por causa do conflito sírio, que começou em 2011 com protestos contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e evoluiu para uma guerra civil.
A maioria dos refugiados fugiu para as nações vizinhas, como Turquia, Jordânia e Líbano, mas centenas de milhares também viajaram à Europa.
A secretária adjunta disse que alguns países do Golfo Árabe, como o Kuweit e os Emirados Árabes Unidos, haviam oferecido ajuda expressiva aos refugiados, enquanto que outros, como Arábia Saudita e Catar, poderiam fazer mais.
Nenhum dos seis Estados do Conselho de Cooperação do Golfo --Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos, Kuweit, Barein e Catar-- assinou a convenção da Organização das Nações Unidas sobre os refugiados que tem governado o direito internacional em matéria de asilo desde a Segunda Guerra Mundial.
(Reportagem de Arshad Mohammed)