Investing.com - A Vale dispara na bolsa nesta segunda-feira em um dia positivo no mercado interno e de valorização do minério de ferro, seu principal produto.
A ação preferencial (SA:VALE5) da mineradora sobe 5% e é negociada a R$ 16,83, perto da máxima de 16 meses alcançada mais cedo aos R$ 16,88. A última vez que o papel foi negociada acima dos R$ 17 ocorreu em junho de 2015. Os papéis ordinários (SA:VALE3) superam os R$ 19 com ganhos de 5,5% e encostam na máxima de dois meses.
Após uma semana fechado por causa de feriado local, o mercado spot chinês abriu com ganhos e avançou 1,5% no porto de Quindao, fechando a US$ 56,65/tonelada.
No mercado internacional, a Rio Tinto (LON:RIO) avançou 2% em Londres e a BHP Billiton (LON:BLT) subiu 2,8% em Londres e suas ações sobem 1,7% em Nova York (NYSE:BHP).
O cenário interno positivo com a expectativa pela aprovação do teto de gastos do governo em primeiro turno na Câmara dos Deputados também ajuda a impulsionar as ações brasileiras nesta segunda-feira.
No noticiário da empresa, o Globo afirmou neste domingo que o governo decidiu que o atual presidente da Vale, Murilo Ferreira, não deverá seguir no cargo após o termino do seu cargo em maio de 2017. Apesar de não ser uma empresa pública, a União detém uma parcela expressiva das ações com direito a voto a partir de bancos e fundos de pensão.
Segundo o jornal, o Bradesco (SA:BBDC4), principal acionista da Vale, já teria sido notificado pelo governo. O nome do ex-diretor da empresa, José Carlos Martins, é citado como um possível substituto.
Desde que Michel Temer assumiu a Presidência, multiplicam os rumores sobre a troca do atual presidente da Vale. Segundo a imprensa, a pressão vem principalmente da bancada mineira que não aceita o corte de investimentos e as dificuldades provocadas pela Samarco. Além disso, Ferreira é tido no governo como um nome alinhado à administração anterior.