A Prefeitura de Barão de Cocais, em Minas Gerais, iniciou esta semana uma nova etapa de remoção de famílias que vivem nas proximidades da barragem Norte Laranjeiras, da mina de Brucutu, da Vale (SA:VALE3). A chamada Zona de Autossalvamento (ZAS) - região que está a 30 minutos do eventual ponto de rompimento da estrutura - da barragem foi ampliada após estudos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Estado de Minas e da Vale. O número de famílias a serem realocadas ainda está sendo apurado.
Em novembro de 2020 a Vale comunicou que faria a retirada de 34 residentes nas proximidades da estrutura, o que já foi concluído. Uma nova análise da barragem feita dentro do Termo de Compromisso firmado entre as partes apontou para o aumento dos limites da mancha hipotética de inundação no caso de uma ruptura da barragem.
A Vale afirma que não há alterações nas condições de segurança da estrutura, que permanece em nível 2 de emergência e é acompanhada por seu Centro de Monitoramento Técnico (CGM). O nível 2 é atingido quando uma anomalia é classificada como "não controlada" ou "não extinta", apesar das ações adotadas, necessitando de novas inspeções especiais e intervenções.
Segundo a companhia, a atualização de informações referentes aos cenários de rompimento faz parte de uma abordagem conservadora de gestão de riscos firmada no termo. A mineradora diz que acolherá e prestará toda a assistência necessária às famílias até que a situação seja normalizada.
Uma reunião realizada na quarta-feira com representantes da Defesa Civil de Minas, do município, do MPMG e da Vale definiu um plano de trabalho para a remoção das famílias. Pontos de bloqueio de acesso às áreas compreendidas na ZAS serão instalados e nos próximos dias uma reunião com os moradores das áreas a serem evacuadas vai organizar a realocação.
A Defesa Civil de Minas destaca que a remoção é preventiva. A companhia diz ainda que a barragem Norte/Laranjeiras não recebe rejeitos e conta com ações de melhoria de segurança e condições de estabilidade em curso.