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Vale (VALE3): Acordo de Mariana e estes fatores pressionam as ações, diz Levante

Publicado 17.09.2024, 13:58
© Reuters.
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Investing.com – Com queda das ações da Vale (BVMF:VALE3) desde o início do ano, as incertezas a respeito do acordo envolvendo o rompimento da barragem em Mariana (MG), além da fraqueza do minério de ferro, estariam entre os motivos para a pressão nos papéis, de acordo com a Levante Investimentos. O mercado já teria precificado essas diversas desvantagens e receios dos investidores, que antes incluíam a sucessão para o cargo de CEO, mas, com esta resolução, agora o momento tende a ser favorável.

Fonte: Investing.com

Segundo o analista Flávio Conde, mesmo com a resolução de entraves, a ação ainda pode registrar valorização novamente, tendo em vista a indicação de compra da Levante na mineradora, sem preço-alvo, mas o investidor precisa estar ciente de que o papel não deve retomar o patamar entre R$80 e R$90, no seu entendimento.

“A Vale nunca mais, dificilmente, vai voltar naquele patamar de minério de ferro a US$160. Aquilo aconteceu em 2022 por conta da invasão da Ucrânia e fez com que o petróleo subisse para US$120 e todas as commodities subiram juntas. Então, o novo normal é esse, US$80 a US$100, no máximo US$110”, considera Conde. A tendência de médio prazo é de que o minério fique em torno dos US$80, entende o especialista.

Entre os fatores que pressionam as cotações do minério de ferro, estão demanda fraca na China, com um setor imobiliário ainda em recuperação, e a queda no preço do petróleo, que seria “o pai de todas as commodities”, direcionando outras para cima ou para baixo.

“O chinês, principalmente, fica muito de olho, além da demanda da siderúrgica, ele fica de olho em como está o petróleo. Então, quando ele vê o petróleo caindo, ele, aos poucos, vai passando isso para o preço também do minério”, esclarece Conde, que entende ser difícil estimar um preço para o minério.

Acordo relacionado ao rompimento da barragem em Mariana

Uma das principais incertezas dos investidores está relacionada ao patamar do acordo da Vale, BHP e Samarco referente ao rompimento da barragem Fundão, pertencente à Samarco Mineração, em Mariana, no estado de Minas Gerais. Em negociações avançadas, a expectativa da Vale é chegar a um acordo sobre o assunto até outubro deste ano.

O acordo de reparação e compensação poderia envolver pagamento de R$167 bilhões, disse nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Este montante incluiria pagamentos já realizados, mas também novos recursos a serem gastos e obras das mineradoras.

Conde lembra que a expectativa inicial era entre R$80 bi e R$85 bilhões e as últimas indicações giravam em torno de R$100 bilhões, conforme apontado pela agência de notícias Reuters.

“Em primeiro lugar, o aumento do valor não é boa notícia, mas a resolução do problema é uma boa notícia, porque tanto o acordo de Mariana como o de Brumadinho têm pesado principalmente para o investidor estrangeiro que não gosta de riscos, principalmente riscos de multas, indenizações, etc. Uma vez resolvida a situação em Mariana definitivamente, como vai ser pago e quanto vai ser pago, os investidores estrangeiros voltam a focar em apenas um assunto, que é o preço do minério de ferro”, espera Conde.

Sucessão – um risco a menos

No final de agosto, a Vale informou que Gustavo Pimenta, atual vice-presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, será o novo presidente, trazendo um desfecho positivo, segundo Conde, para o processo de sucessão conturbado. O nome foi avaliado de forma positiva por ele e pelo mercado diante do histórico importante e bem-sucedido em empresas.

“Houve uma surpresa muito grande no início do ano, em janeiro, quando o governo, no seu segundo ano de mandato, o Lula III ensaiou colocar o ex-ministro Guido Mantega como presidente da companhia. Uma coisa completamente esdrúxula, porque ele não entende do setor”, recorda Conde.

Para o analista, esta seria “uma interferência completamente não prevista e injusta, porque, ao contrário da Petrobras (BVMF:PETR4), onde o governo tem 30% das ações ordinárias, o governo, a União, não tem nenhuma ação da Vale”, destaca Conde, ao apontar que, com a privatização, o Previ teria 8% das ações, mas é um fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) e não seria um investimento direto da União.

Sugestão de estratégia da Levante

O investidor pode se defender e rentabilizar a sua posição nas ações da Vale ao fazer operações cobertas de call e put para ganhar um dividendo extra todo mês, indica Conde.

“Porque se você conseguir um dividendo extra por mês de um sintético via venda de call ou compra de put, você está colocando 1% a 2% por mês do bolso além dos dividendos em torno de 8% a 10%, então o posicionamento em Vale mudou, não é mais para valorização e crescimento, mas sim para dividendos”, orienta o analista.

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