SÃO PAULO (Reuters) - A venda de cimento no Brasil em janeiro cresceu 10,1% ante mesmo mês do ano passado e avançou 7,3% no comparativo com dezembro, para 5,03 milhões de toneladas, informou a associação que representa os fabricantes, Snic.
Parte da alta pode ser atribuída à fraca base de comparação com janeiro de 2020, afirmou entidade, citando período de fortes chuvas que atrasaram obras e o consumo de cimento nas maiores regiões consumidoras do país.
A entidade também citou a liberação das últimas parcelas do auxílio emergencial do governo federal, que impulsionou o mercado de autoconstrução, como reformas de moradias e estabelecimentos comerciais, a partir de meados do ano passado.
"A expectativa é de que o baixo desempenho do primeiro quadrimestre do ano passado seja uma referência sobre o qual tenhamos resultados mais vigorosos até abril", disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, em comunicado.
Segundo o Snic, porém, "todos os indicadores de confiança apontam uma piora nesse início do ano...justificada pela elevada incerteza sobre a evolução da pandemia e, consequentemente, da economia brasileira. Além disto, há uma efetiva preocupação com o aumento de custos de insumos tais como coque e refratários".
Em janeiro, a região Sudeste teve crescimento de 13,3% nas vendas de cimento ano a ano, para 2,4 milhões de toneladas. Na comparação com dezembro, a vendas na região subiram 15,3%.
O Nordeste registrou crescimento anual de 8,5% e mensal de 0,3% nas vendas em janeiro, enquanto o Sul apurou incrementos de 2,7% e 1,5%, respectivamente. O Norte, fortemente atingido pela pandemia, apurou quedas de 2% e 14% e o Centro-Oeste viu evoluções respectivas de 16,6% e 7,6%.
(Edição Aluísio Alves)