BERLIM (Reuters) - Os verdes alemães nomearam nesta quinta-feira a co-líder Annalena Baerbock para se tornar ministra das Relações Exteriores do próximo governo, e confirmaram que vão propor Robert Habeck como vice-chanceler e ministro da Economia com responsabilidade pela política climática.
As nomeações, junto com aquelas para outros cargos de gabinete, foram feitas nesta quinta-feira no início de um processo de consulta com os integrantes dos verdes para ratificar o acordo de coalizão que o partido fez com os social-democratas (SPD) e o Partido Liberal Democrático (FDP).
Se confirmada, Baerbock será a primeira mulher ministra das Relações Exteriores da Alemanha.
Os verdes nomearam Cem Ozdemir, ex-líder do partido, ministro da Agricultura. Filho de um trabalhador de uma fábrica de tecidos e de uma professora que chegaram ao país como trabalhadores convidados na década de 1960, ele será o primeiro membro da população de origem turca de 3 milhões de habitantes da Alemanha a servir como ministro de Estado.
Os três parceiros da coalizão revelaram na quarta-feira sua visão de como promover uma transição verde na maior economia da Europa, acelerar a digitalização e implementar algumas políticas sociais liberais.
Os verdes também indicaram Anne Spiegel e Steffi Lemke, importantes figuras do partido, como ministra da Família e ministra do Meio Ambiente, respectivamente.
Os três partidos definiram em seu acordo de coalizão como vão dividir os cargos no gabinete.
Os resultados da votação de 10 dias de 125.000 integrantes dos verdes sobre o acordo de coalizão são esperados durante o primeiro fim de semana de dezembro, mais ou menos na mesma época em que o SPD e o FDP esperam ratificar o acordo.
Isso significaria que Olaf Scholz, do SPD, poderia suceder Angela Merkel e se tornar chanceler na semana de 6 de dezembro.
(Reportagem de Madeline Chambers e Thomas Escritt)