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Vieira prega diálogo da Caixa com parlamentares e exalta resultados econômicos do governo

Publicado 09.11.2023, 10:00
Atualizado 09.11.2023, 13:10
© Reuters.  Vieira prega diálogo da Caixa com parlamentares e exalta resultados econômicos do governo
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O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, pregou nesta quinta-feira, 9, em seu discurso de posse, o diálogo do banco público com parlamentares e exaltou os resultados econômicos do governo Lula.

Ele chegou ao cargo apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após meses de negociações com o governo Lula, que cedeu o comando do banco público ao grupo político que dá as cartas no Congresso em troca de apoio parlamentar.

"Não se faz democracia sem diálogo", disse Carlos Vieira. "O diálogo ocorrido entre Legislativo e Executivo é para o bem do Brasil", emendou.

O presidente da Caixa disse que, ao ser questionado se receberia parlamentares no banco público, respondeu de forma positiva. "Quem sou eu para impedir o diálogo com a sociedade e com aqueles que fazem o Brasil crescer?", afirmou.

Ao elogiar o governo Lula e a equipe econômica, representada na posse pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, Vieira disse que em janeiro ninguém imaginava que o País estaria agora perto de fechar o ano com um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Quando a gente olha os dados macroeconômicos previstos no início do ano e compara com a realidade que esse governo já conseguiu fazer, a gente joga tudo no lixo", afirmou.

Na visão dele, há uma "espiral positiva" na economia, construída de forma "concreta, sólida e contínua." Vieira ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá na Caixa "um elemento indutor de crescimento". Ele frisou que o banco público é uma empresa de R$ 1,7 trilhão em ativos que impulsiona a economia brasileira.

Além de Durigan, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, participou da posse. Ele é presidente do Conselho de Administração da Caixa.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também marcou presença, assim como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

Presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney disse que a Caixa conseguiu, ao longo do tempo, ter uma capacidade "muito forte de resiliência e segurança." "A Caixa é o maior player do mercado de crédito em três das cinco regiões", afirmou, ao ressaltar que a estatal "não deve nada" aos grandes bancos privados do País.

Apesar da ausência de Lira, a posse foi prestigiada por políticos como o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o líder do PP na Câmara, Doutor Luizinho (RJ), os senadores Daniella Ribeiro (PSD-PB) e Dr. Hiran (PP-RR), o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), indicado pelo Centrão para integrar o governo Lula.

Vieira foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo e por Gilberto Occhi.

Em seu discurso, ele fez questão de cumprimentar a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, em nome de todos os VPs. Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o PT fez um acordo com Lira e a tendência agora é Inês permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de "porteira fechada", ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Carlos Vieira também disse que o alerta da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) sobre o destino do FGTS é "importantíssimo." Parte dos recursos do FGTS é usada para financiamento habitacional e a possibilidade de retirada de montantes das contas dos trabalhadores em modalidades como o saque-aniversário é criticada por instituições do setor da construção civil.

Marinho já defendeu o fim do saque-aniversário, alegando que ele fragilizou o fundo, e diz que o governo enviará um projeto para modificar as regras de saque.

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