📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Voo da Starliner é grande passo para a cápsula espacial da Boeing, mas muitos obstáculos permanecem

Publicado 10.06.2024, 15:18
Atualizado 10.06.2024, 15:21
© Reuters. Foguete carregando dois astronautas a bordo da espaçonave Starliner, da Boeing, é lançado em Cabo Canaveral, Flórida, EUAn05/06/2024n REUTERS/Joe Skipper
BA
-

Por Joey Roulette

WASHINGTON (Reuters) - A espaçonave Starliner, da Boeing (NYSE:BA), marcou um feito fundamental na última semana ao entregar dois astronautas à Estação Espacial Internacional, mas problemas encontrados durante a jornada no espaço e outros obstáculos que estão por vir tornam o objetivo da gigante aerospacial de realizar missões de rotina uma perspectiva distante. 

A primeira ancoragem tripulada na Estação Espacial Internacional da cápsula CST-100 da Starliner na última quinta-feira foi uma demonstração de segurança para dois públicos: a Nasa, que quer uma segunda espaçonave norte-americana para viagens à órbita, e o mercado nascente de missões privadas de astronautas, atualmente dominado pela SpaceX, de Elon Musk, e sua cápsula Crew Dragon. 

Mas antes que a Boeing consiga reduzir o controle da SpaceX sobre voos espaciais humanos privados e governamentais, sua Starliner ainda tem vários objetivos de testes para cumprir. 

“É um passo crítico porque, se eles não conseguirem transportar seres humanos ao espaço com sucesso e trazê-los de volta em segurança, então eles não provaram o que precisam para conduzir missões”, disse Patricia Sanders, que, até fevereiro, era a presidente de longa data do Painel Consultivo de Segurança Aeroespacial da Nasa.

A tripulação -- os astronautas veteranos e pilotos de testes Butch Wilmore e Sani Williams -- podem voltar à Terra ainda em 14 de junho ou ficar até 45 dias, disseram autoridades da Nasa. 

Durante a jornada de 24 horas da Starliner para chegar à estação especial, que orbita aproximadamente a 386 kms acima, a espaçonave em formato de bala de goma sofreu quatro vazamentos de hélio e cinco propulsores a bordo ficaram inoperantes, atrasando o acoplamento à EEI. 

“A Starliner fez com que trabalhássemos um pouco mais para acoplá-la”, disse o chefe de tripulação comercial da Nasa, Steve Stich, em uma entrevista coletiva na noite de quinta-feira. 

Mas as conquistas incluem Wilmore assumindo controle manual e testando a direção, segurança geral da missão e o acoplamento autônomo da nave à estação. Ao longo dos próximos dias, a Starliner buscará mostrar que pode se desacoplar, fazer mais manobras e voltar em segurança à Terra.  

De qualquer maneira, os vazamentos de hélio e as falhas de propulsores são uma preocupação chata, embora não representem perigo para os astronautas, segundo autoridades da Nasa. 

A Boeing encontrou um vazamento de hélio -- usado para aumentar a pressão do propulsores -- pela primeira vez quando a Starliner estava em solo no mês passado. As autoridades da NASA consideraram-no de baixo risco para o voo. Elas disseram que as falhas dos propulsores pareciam similares às que foram encontradas em um teste sem tripulação da Starliner para a EEI em 2022. 

“Nós não entendemos direito por que elas estão acontecendo”, afirmou Stich. 

© Reuters. Foguete carregando dois astronautas a bordo da espaçonave Starliner, da Boeing, é lançado em Cabo Canaveral, Flórida, EUA
05/06/2024
 REUTERS/Joe Skipper

A Boeing havia afirmado que planeja reprojetar válvulas do sistema de propulsão da Starliner após a empresa e a Nasa identificarem uma falha em 2022. A empresa está recebendo 5,5 milhões de dólares da Nasa para estudar a possibilidade de reprojetar as baterias da Starliner, segundo registros de contratos federais. 

Ainda não está claro às autoridades da Nasa se os problemas encontrados durante a primeira missão tripulada da Starliner justificarão um redesign. Nasa e Boeing passarão meses revisando os dados da missão e examinando os problemas do voo para determinar se a Starliner pode ser certificada para voos de rotina.  

“Não é um sucesso até eles retornarem em segurança e até nós entendermos as implicações das anomalias que ocorreram durante a missão”, disse Sanders. 

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.