Investing.com – As ações da Weg (BVMF:WEGE3) disparavam nesta quarta, 21, em repercussão ao balanço reportado pela companhia, com dados acima das expectativas de mercado. Às 10h20 (de Brasília), os papéis registravam alta de 5,87%, a R$36,27.
A empresa reportou um lucro líquido de R$1,74 bilhão no quarto trimestre do ano passado, uma expansão anual de 46%. Além disso, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos complementares no valor total de R$1,25 bilhão, assim como proposta para aumento do capital social no montante de R$1 bilhão.
Após a divulgação, a Terra Investimentos indicou estratégia de Swing Trade para a Weg, com operações de compra e venda no curto prazo, visando captar oscilações nos preços.
De acordo com a Genial Investimentos, os dados demonstraram maior resiliência em relação ao que o mercado esperava, mas vieram em linha com a expectativa da companhia. O balanço foi considerado positivo, com crescimento de receita e margens elevadas no quarto trimestre, assim como um Retorno Sobre Capital Investido (ROIC) que impressionou, com 39,2%. “Destaque para o bom desempenho nos segmentos de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) e geração eólica no Brasil, e Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) nos EUA e Índia. Incentivos fiscais na Suíça impulsionaram o lucro líquido”, ressaltou.
A Ativa Investimentos concorda que o resultado demonstra a força da companhia, com receita líquida de R$ 8,561 bilhões e alta na margem bruta, acima do esperado. Mesmo que o lucro tenha sido impactado pelos incentivos, removendo o não recorrente, ainda assim o lucro superaria as estimativas da Ativa, somando R$1,402 bilhão, uma alta anual de 15%.
“Desta vez, surpresas positivas em sua rentabilidade, além da normalização da Europa, que havia apresentado uma desaceleração no último trimestre. Seu top-line ficou em linha com nossas estimativas, enquanto o bottom-line foi impactado positivamente por incentivos fiscais, que, mesmo desconsiderados, ainda traria um lucro líquido forte”, destaca o analista da Ativa Pedro Serra, que reforça recomendação neutra para a companhia, considerando o valuation, com preço-alvo de R$41,50.
O banco Goldman Sachs (NYSE:GS) também considerou os dados acima do previsto, com receita impulsionada pelas vendas na divisão de energia, principalmente no exterior, que teriam sido parcialmente compensadas por uma expansão mais baixa na divisão de equipamentos industriais. O GS também destacou a acomodação das principais matérias-primas que fazem parte da sua estrutura de custos e um melhor mix de produtos, o que teria alavancado a margem bruta, mas o que não considera sustentável no longo prazo.
“A aceleração da receita foi positiva, mas o crescimento permanece na faixa de um dígito. Além disso, como lembrete, também modelamos alguma contração da margem EBITDA e aumento da alíquota de impostos em 2024”. Assim, o banco segue com classificação neutra para Weg, com preço-alvo de R$38,40.