ALLENTOWN, EUA (Reuters) - Um avião de carga estampado com o símbolo "Prime Air" descia de um céu limpo no aeroporto internacional Lehigh Valley na terça-feira, a noventa minutos da movimentada cidade de Nova York, carregado com produtos durante o auge da temporada de compras.
É um dos quarenta jatos fretados pela Amazon.com para um novo serviço de cargas que busca atingir a demanda dos clientes da gigante varejista. Dados exclusivos de folhas de pagamento vistos pela Reuters e entrevistas com autoridades de aeroportos nos Estados Unidos mostram que os aviões Prime Air estão voando quase lotados, mas com cargas leves, pegando negócios valiosos para FedEx e UPS.
Caixas volumosas com produtos comprados em lojas, como papel higiênico, são uma fonte de receita para UPS e FedEx. Isto é, em parte, porque agora estão cada vez mais cobrando por volume das caixas em vez do peso. Transportar suas próprias cargas leves está ajudando a Amazon a se esquivar do aumento das taxas.
A expansão para os transportes, desde caminhos até aviões, é um dos empreendimentos mais importantes da Amazon, enquanto se esforça para atrair novos clientes com entregas mais rápidas enquanto mantém os gastos sob controle. A maior varejista online do mundo está enviando mais pacotes, mais frequentemente e mais tarde, para servir a uma estimativa de 35 milhões a 50 milhões de membros do Amazon Prime nos EUA, o serviço que promete entregas em dois dias por 99 dólares ao ano.
Os aviões da Amazon voam em pelo menos 10 aeroportos nos EUA, suprindo armazéns próximos. Autoridades em quatro aeroportos disseram que os voos da Amazon estão operando próximos da capacidade, mas pousando com peso menor que a média - o que significa que estão sendo transportados carregamentos de baixa densidade nos aviões.
Numa base mensal, aviões da Amazon lidaram com 37 a 52 por cento de suas cargas máximas por peso, de acordo com uma análise de dados de cargas, capacidade e pouso de quatro aeroportos, com informações do site de rastreamento FlightAware.com. Já FedEx e UPS estavam com 53 por cento e 56 por cento da capacidade, respectivamente, segundo dados do Departamento de Transportes dos EUA para o ano encerrado em setembro, excluindo peso transportado gratuitamente.
(Por Jeffrey Dastin)