BANGALORE/SÃO FRANCISCO (Reuters) - A Amazon.com (NASDAQ:AMZN) aderiu nesta quinta-feira a pedidos por transparência no uso de tecnologia de reconhecimento facial por agências governamentais e afirmou que apoia um conjunto "apropriado" de regras que proteja direitos civis.
No mais detalhado comunicado emitido pela companhia até agora sobre o assunto, Michael Punke, vice-presidente de políticas públicas da unidade de computação em nuvem da Amazon (AWS), afirmou que deve haver um aviso sobre quando a vigilância por vídeo e a tecnologia de reconhecimento fácil são usadas em conjunto em locais públicos ou comerciais.
No mês passado, a Microsoft (NASDAQ:MSFT) anunciou princípios similares para o uso de sua tecnologia de reconhecimento facial, afirmando que vai recomendar barrar o uso do sistema em atos de discriminação e incentivar clientes a serem transparentes quando usarem tais serviços.
Desde maio, vários grupos de direitos civis têm pressionado a Amazon para interromper a venda de acessos governamentais ao Rekognition, poderoso software de reconhecimento facial revelado pela AWS em 2016.
Os grupos citaram o uso do Rekognition por autoridades nos Estados norte-americanos de Oregon e Florida e alertaram que a ferramenta será usada contra imigrantes e minorias raciais.
"Novas tecnologias não deveriam ser proibidas ou condenadas por causa de seu potencial uso indevido. Em vez disso, deveria haver um diálogo aberto, honesto e franco entre todas as partes envolvidas que assegure que a tecnologia seja usada apropriadamente", escreveu Punke.
A AWS disse que está em contato com o instituto dos EUA que testa e compara fornecedores de tecnologias de reconhecimento facial e que ainda não é possível "fazer download" de algoritmos do sistema para testes fora da nuvem da Amazon.
(Por Munsif Vengattil e Jeffrey Dastin)