Por Tom Westbrook e Swati Pandey
SIDNEY (Reuters) - A Amazon.com Inc (NASDAQ:AMZN) informou nesta quinta-feira que reabrir o seu site americano aos compradores australianos após uma reação negativa dos clientes, desfazendo um movimento que prejudicou o lançamento da gigante de comércio eletrônico na 12ª maior economia do mundo.
A decisão trouxe alívio a compradores que se queixavam desde julho de serem impedidos de acessar um conjunto muito mais amplo de ofertas a qual se acostumaram no site americano, depois que a plataforma local da Amazon foi aberta um ano atrás.
Mas também levantou dúvidas sobre o motivo da Amazon ter citado as leis tributárias para explicar o bloqueio inicial - um problema que o concorrente eBay conseguiu solucionar sem barrar os australianos de seu site americano.
"É um recuo muito rápido de uma decisão que obviamente não os beneficiou", disse Daniel Mueller, analista da Vertium Asset Management. "É provavelmente um reflexo do site da Amazon Austrália não ser ótimo... Eu acho que para impulsionar o site australiano eles tiveram que fazer isso."
A segunda maior companhia do mundo impediu os australianos de fazer pedidos no site americano, após a Austrália aplicar uma tarifa de 10 por cento sobre bens importados online com valor inferior a 1 mil dólares australianos (726 dólares).
Pelo menos 32 estados americanos aprovaram ou estão devem em breve autorizar tarifas similares, mas a Austrália foi o primeiro mercado onde a Amazon respondeu ao bloquear clientes com base no local em que vivem.
Na véspera das vendas da Black Friday, a Amazon informou que descobriu um modo de retirar a tarifa sem bloquear o acesso ao site americano.
(Por Tom Westbrook)