Por Stephen Nellis e Katie Paul
(Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) anunciou nesta quarta-feira que proibiu o Facebook de acessar um programa criado para permitir que empresas acompanhem o uso de iPhones por seus funcionários, afirmando que a companhia de rede social usou a funcionalidade para acompanhar os hábitos de navegação pela internet de adolescentes.
A Apple oferece certificados que permitem que empresas tenham controles sobre iPhones, ferramentas que permitem a potencial instalação de aplicativos, monitoramento de uso de aplicativos e que apagam dados da empresa proprietária. A Apple criou o sistema para organizações cujos funcionários usam iPhones para trabalhar e cujas necessidades de privacidade são diferentes do uso pessoal.
Na terça-feira, o site de tecnologia TechCrunch publicou que o Facebook estava pagando usuários jovens, com idades de 13 anos, para instalarem o aplicativo Facebook Research. O aplicativo usava as ferramentas corporativas da Apple para pedir por uma permissão aos usuários do iPhone para instalar um software de rede virtual privada que era capaz de acompanhar hábitos de navegação pela Web.
A Apple excluiu o Facebook do programa corporativo, afirmando em comunicado que o programa foi criado "apenas para a distribuição interna de aplicativos de uma organização".
"O Facebook vinha usando o sistema para distribuir um aplicativo de coleta de dados, o que claramente viola o acordo deles com a Apple", afirmou a Apple em comunicado.
Em comunicado, o Facebook afirmou que aspectos importantes do programa de pesquisa foram ignorados e que o aplicativo pedia permissão dos usuários para a instalação.
"Não era 'espionagem' uma vez que todas as pessoas que se inscreveram para participar passaram por um processo claro que pedia a elas permissão e elas eram pagas para participar", afirmou a rede social.
O Facebook afirmou que menos de 5 por cento dos participantes no programa eram adolescente e que todos eles tinham permissão dos pais.