Por Liana B. Baker
(Reuters) - O AppLovin ajustou um acordo de 1,4 bilhão de dólares para se vender à empresa chinesa Orient Hontai Capital, informou o grupo norte-americano de marketing móvel na terça-feira, depois que o governo dos Estados Unidos se posicionou contra o acordo original.
O movimento ilustra como as companhias têm buscado maneiras de obter aprovação para seus negócios junto ao Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA (CFIUS, na sigla em inglês), um painel do governo que examina transações em busca de possíveis ameaças à segurança nacional.
O órgão se tornou mais relutante em aprovar os negócios chineses desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, em janeiro, e os legisladores norte-americanos apresentaram projetos de leis para endurecer as regras de investimento estrangeiro no país, em meio a uma crescente preocupação com os esforços chineses para comprar empresas de alta tecnologia dos EUA.
O AppLovin disse à Reuters em comunicado que abandonou os planos de vender uma participação majoritária na Orient Hontai Capital, com sede em Xangai. Em vez disso, disse que aceitou um investimento de 841 milhões de dólares da chinesa, que também completou um investimento de 140 milhões de dólares no AppLovin em janeiro de 2017.
O aporte de 140 milhões de dólares indica uma avaliação de cerca de 1,4 bilhão de dólares para o AppLovin, o mesmo preço do negócio firmado há mais de um ano com a Orient Hontai Capital.
O AppLovin e a Orient Hontai notificaram o CFIUS dos novos acordos, mas não acreditam que o novo negócio passará por escrutínio do comitê porque não dá à chinesa nenhum controle sobre o grupo norte-americano, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
(Por Liana B. Baker)